Por Pietra Inoue
Nos tempos de modernidade e tecnologia que estamos vivendo hoje, muitos problemas antes vistos sem solução agora podem ser resolvidos como em passe de mágica, e as questões sobre acessibilidade não ficam de fora desse assunto.
A leitura sempre foi vista como um hobbie e um hábito saudável, estimula a criatividade, aguça a imaginação, vocabulário e a interpretação de texto. Mas como fazer quando uma deficiência visual dificulta ou até impossibilita alguém de desenvolver esse hábito? Hoje em dia já temos algumas soluções práticas para isso, sendo a principal delas o chamado “audiobook”, que nada mais é do que um livro digital com arquivo de áudio, dublado por profissionais que deixam a experiência o mais realista possível para que a pessoa ouvindo se sinta imersa na história.
Mas há, além disso, uma outra opção, e que, mesmo assim, não é comumente vista e abordada. São os livros em braille. O sistema de linguagem em braille funciona como uma forma de linguagem estimulada pelo tato, onde relevos no papel indicam combinações de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes diferentes letras, números, simbologia aritmética, fonética e por aí vai. Os livros em braille, por mais que pouco falados, trazem à pessoa com deficiência visual uma independência maior, possibilitando a leitura sem a ajuda de outra pessoa. No Brasil há empresas especializadas na área, que traduzem para o braille livros didáticos, pedagógicos, ficcionais e de muitos outros gêneros.
Há uma grande importância nesse mercado, pois esse está fornecendo à comunidade de cegos e pessoas com baixa visão um material que elas já deveriam ter acesso por direito, visto que educação, cultura e lazer são previstos como direitos de todos. Mas não apenas isso. A leitura traz para quem a pratica muito conhecimento e diversão, corroborando assim, para a saúde mental da comunidade.