A inclusão de PCDs nas redes sociais

Por Ana Andrade

Uma tendência cada vez maior do ser humano é a de se conectar. No meio virtual, essa conexão se tornou mais fácil de ser observada, desde indivíduos da mesma cidade até um grupo composto por membros de diversos países. Porém, a participação de pessoas com deficiência nem sempre é notada, seja pela falta da adaptação necessária ou por preconceito.

Em redes sociais, uma das formas mais conhecidas de acessibilidade é a #PraTodosVerem, usada para descrever imagens em plataformas que não davam ao usuário a opção de escrever o texto alternativo, que atualmente existe em redes sociais como Instagram, Facebook e Twitter.

A função do texto alternativo é descrever uma imagem publicada. Porém, muitas vezes o usuário descreve outra coisa, seja por brincadeira ou por outra razão, o que atrapalha a pessoa que precisa do texto para entender o contexto completo do conteúdo publicado na internet.

O texto alternativo é “lido” em voz alta pelo leitor de tela, já integrado a cada smartphone. Assim, o usuário do aparelho acessa as funcionalidades do celular, como ler e escrever mensagens, realizar ligações, dentre outras. Tal leitor existe também em computadores, que além dessa, também contam com outras pequenas adaptações para auxiliar o dono, como por exemplo, pequenos traços em relevo nas teclas “F”, “J” e “5” na calculadora do teclado para orientar.

Porém, poucas pessoas de fato têm conhecimento sobre essas adaptações, que quando são descobertas, também precisam de prática. Algumas ONGs oferecem aulas de informática para ensinar pessoas cegas ou com baixa visão a se adaptarem ao meio virtual.

Mesmo com essas dificuldades, porém, a internet e as redes sociais são utilizadas por pessoas com deficiência, visto que esse meio se tornou tão necessário para a sociedade, desde trabalho até o simples lazer. Uma das principais decorrências desse uso são os Influenciadores Digitais, formadores de opinião por meio justamente das redes sociais.

Com pessoas mostrando suas vidas diárias na internet, era esperado que influenciadores PCDs surgissem. Dentre vários, um exemplo é Nathalia Santos, jornalista e colunista do site de notícias Terra, que posta no Instagram sobre sua vida com a deficiência visual, suas palestras e outros tipos de conteúdos diários para seus mais de 100 mil seguidores.

Para o Terra, seu último texto publicado, em março, é intitulado “Mulheres com deficiência não são vistas como mulheres” e fala sobre os passos que a sociedade ainda precisa dar para se ter não só a igualdade entre gêneros, mas entre pessoas com e sem deficiência, usando também sua experiência de vida como exemplo, citando como ser mulher negra e com deficiência não é fácil.

Mesmo com as adaptações e evoluções, ainda são necessários muitos passos para que a tecnologia e a sociedade em si sejam acessíveis para PCDs, nossa esperança é que o futuro e a própria comunidade traga essa acessibilidade.

Referências

https://fundacaodorina.org.br/impacto/historias-de-vida/kassia-celular/#:~:text=Pessoas%20cegas%20usam%20o%20smartphone,Precisa%20praticar%20bastante%2C%20%C3%A9%20verdade.

https://www.terra.com.br/nos/opiniao/nathalia-santos/mulheres-com-deficiencia-nao-sao-vistas-como-mulheres,c1b799c21e58cb0c30f1903c09444d6eghhw1n88.html

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